O dia dos professores foi ontem, 15 de outubro, mas a MC não poderia deixar de fazer uma homenagem a todos esses que nos fazem seres humanos melhores. :-)
Parabéns a todas as pessoas que dedicam suas vidas para compartilhar ensinamentos, principalmente num período tão crítico, como esse.
E para celebrar esse momento especial, a MC fez uma entrevista com ninguém mais, ninguém menos do que nosso professor ultra querido, Ivan Russeff. <3 br="">3>
1) Conte-nos brevemente sobre sua carreira e atuação na Fespsp.
Atuei como professor da antiga escola primária e de Alfabetização de Adultos, em escolas da periferia de São Paulo, por cinco anos. Após concluir meus estudos superiores (Letras e Direito), cursei os cursos de Pós-Graduação –lato-sensu- de Literatura Portuguesa e Literatura Brasileira, na Fundação do ABC, em Santo André. A seguir, atuei como professor temporário e, depois, efetivo do Ensino Básico (Fund. 2 e Médio), por 30 anos, na rede pública do Estado de São Paulo. Trabalhei, concomitantemente, como Secretário de Administração e de Cultura, nas gestões petistas dos municípios de Diadema (década de 1970) e Ribeirão Pires (década de 1990), no ABC paulista. Tardiamente (aos 40 anos), concluí os cursos de mestrado e doutorado na PUC/SP (Educação) e fui lecionar na Universidade Católica de Campo Grande/MS, nos cursos de Letras, Filosofia e Pedagogia. A seguir, iniciei a minha carreira como professor do Programa de Mestrado em Educação, na mesma Universidade, por cinco anos. Vindo para São Paulo, em 2005, concluí o Pós-Doutorado, em Educação, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em 2006, ingressei na Fespsp, a convite do professor Jorge Nagle, conselheiro desta Fundação e meu orientador no Doutorado e Mestrado, onde me encontro, até hoje, lecionando nos cursos de Pós-Graduação (Estudos Brasileiros) e Graduação (Biblioteconomia).
2) Porque você leciona no curso Biblioteconomia e Ciência da Informação?
Meu ingresso no curso de Biblioteconomia se deu em virtude de o professor de Língua Portuguesa anterior ter saído; com a vacância do cargo e a necessidade urgente de um substituto, a minha indicação foi inevitável.
3) Quais são as maiores dificuldades e conquistas para ser um Bibliotecário e Professor no curso Biblioteconomia e Ciência da Informação?
Bem, quanto às dificuldades enfrentadas pelos futuros bibliotecários, arrisco-me a dizer, na condição de leigo (não sou um profissional da Biblioteconomia), que a par da óbvia concorrência no mercado de trabalho e da falta de políticas públicas efetivas voltadas para a criação de Bibliotecas (públicas e/ou privadas) e provimento de seus cargos por profissionais bibliotecários, o grande desafio é o da formação inicial de qualidade (nos cursos superiores) e o da formação continuada desses profissionais (em serviço e em cursos de especialização e extensão). O mesmo se dá como desafio para os professores dos cursos de Biblioteconomia; ou seja, boa formação técnico-científica e humanista de seus especialistas, mestres e doutores, além do suporte das instituições (verdadeiramente acadêmicas e de nível superior) em que atuam. Quanto às conquistas... pode-se adiantar:
1. As medidas protetivas legais, recentemente institucionalizadas e firmadas no campo da Biblioteconomia e Ciência da Informação. Assim, o cargo/função de bibliotecário, deve ser ocupado só por profissionais bibliotecários.
2. A firmeza dos Conselhos Regionais de Biblioteconomia na defesa do exclusivo campo de atuação de seus profissionais, bem como, a atuação vigilante com relação à qualidade da formação de seus futuros profissionais.
3. Por último, mas não menos importante, a “brava resistência” de cursos superiores, da área, que insistem em oferecer, em meio a tanta mediocridade, um curso de formação de qualidade, como ocorre com a nossa Fespsp.
4) Para uma carreira de sucesso, quais as dicas que você dá aos nossos leitores?
Quanto às “dicas” para uma carreira de sucesso, nova intromissão de um leigo na área: cuidar da formação profissional de forma paciente e rigorosa; assim, a formação teórica inicial, somada à experiência obtida, aos poucos e de forma obstinada, nos estágios e, depois, na atuação profissional (junto com o desejo de formação teórico-prática e humanista permanentes) destacam-se como a óbvia “dica” para o bom termo de nossa carreira profissional.
Evoé!
São Paulo, 03 de setembro de 2019.
Ivan Russeff
Aproveitamos para destacar outros conteúdos importantes sobre o professor Ivan:
https://monitoriafabci.blogspot.com/2013/05/a-discussao-sobre-reducao-da-maioridade.html
https://monitoriafabci.blogspot.com/2017/05/se-liga-fabci-84-anos-da-fespsp-e-50.html
https://monitoriafabci.blogspot.com/2010/09/professor-ivan-russeff-fala-sobre-os.html
https://monitoriafabci.blogspot.com/2017/05/serie-prazer-em-conhecer-com-prof-ivan.html
Parabéns a todas as pessoas que dedicam suas vidas para compartilhar ensinamentos, principalmente num período tão crítico, como esse.
E para celebrar esse momento especial, a MC fez uma entrevista com ninguém mais, ninguém menos do que nosso professor ultra querido, Ivan Russeff. <3 br="">3>
Fonte: MC FaBCI/FESPSP |
Atuei como professor da antiga escola primária e de Alfabetização de Adultos, em escolas da periferia de São Paulo, por cinco anos. Após concluir meus estudos superiores (Letras e Direito), cursei os cursos de Pós-Graduação –lato-sensu- de Literatura Portuguesa e Literatura Brasileira, na Fundação do ABC, em Santo André. A seguir, atuei como professor temporário e, depois, efetivo do Ensino Básico (Fund. 2 e Médio), por 30 anos, na rede pública do Estado de São Paulo. Trabalhei, concomitantemente, como Secretário de Administração e de Cultura, nas gestões petistas dos municípios de Diadema (década de 1970) e Ribeirão Pires (década de 1990), no ABC paulista. Tardiamente (aos 40 anos), concluí os cursos de mestrado e doutorado na PUC/SP (Educação) e fui lecionar na Universidade Católica de Campo Grande/MS, nos cursos de Letras, Filosofia e Pedagogia. A seguir, iniciei a minha carreira como professor do Programa de Mestrado em Educação, na mesma Universidade, por cinco anos. Vindo para São Paulo, em 2005, concluí o Pós-Doutorado, em Educação, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em 2006, ingressei na Fespsp, a convite do professor Jorge Nagle, conselheiro desta Fundação e meu orientador no Doutorado e Mestrado, onde me encontro, até hoje, lecionando nos cursos de Pós-Graduação (Estudos Brasileiros) e Graduação (Biblioteconomia).
2) Porque você leciona no curso Biblioteconomia e Ciência da Informação?
Meu ingresso no curso de Biblioteconomia se deu em virtude de o professor de Língua Portuguesa anterior ter saído; com a vacância do cargo e a necessidade urgente de um substituto, a minha indicação foi inevitável.
3) Quais são as maiores dificuldades e conquistas para ser um Bibliotecário e Professor no curso Biblioteconomia e Ciência da Informação?
Bem, quanto às dificuldades enfrentadas pelos futuros bibliotecários, arrisco-me a dizer, na condição de leigo (não sou um profissional da Biblioteconomia), que a par da óbvia concorrência no mercado de trabalho e da falta de políticas públicas efetivas voltadas para a criação de Bibliotecas (públicas e/ou privadas) e provimento de seus cargos por profissionais bibliotecários, o grande desafio é o da formação inicial de qualidade (nos cursos superiores) e o da formação continuada desses profissionais (em serviço e em cursos de especialização e extensão). O mesmo se dá como desafio para os professores dos cursos de Biblioteconomia; ou seja, boa formação técnico-científica e humanista de seus especialistas, mestres e doutores, além do suporte das instituições (verdadeiramente acadêmicas e de nível superior) em que atuam. Quanto às conquistas... pode-se adiantar:
1. As medidas protetivas legais, recentemente institucionalizadas e firmadas no campo da Biblioteconomia e Ciência da Informação. Assim, o cargo/função de bibliotecário, deve ser ocupado só por profissionais bibliotecários.
2. A firmeza dos Conselhos Regionais de Biblioteconomia na defesa do exclusivo campo de atuação de seus profissionais, bem como, a atuação vigilante com relação à qualidade da formação de seus futuros profissionais.
3. Por último, mas não menos importante, a “brava resistência” de cursos superiores, da área, que insistem em oferecer, em meio a tanta mediocridade, um curso de formação de qualidade, como ocorre com a nossa Fespsp.
4) Para uma carreira de sucesso, quais as dicas que você dá aos nossos leitores?
Quanto às “dicas” para uma carreira de sucesso, nova intromissão de um leigo na área: cuidar da formação profissional de forma paciente e rigorosa; assim, a formação teórica inicial, somada à experiência obtida, aos poucos e de forma obstinada, nos estágios e, depois, na atuação profissional (junto com o desejo de formação teórico-prática e humanista permanentes) destacam-se como a óbvia “dica” para o bom termo de nossa carreira profissional.
Evoé!
São Paulo, 03 de setembro de 2019.
Ivan Russeff
Aproveitamos para destacar outros conteúdos importantes sobre o professor Ivan:
https://monitoriafabci.blogspot.com/2013/05/a-discussao-sobre-reducao-da-maioridade.html
https://monitoriafabci.blogspot.com/2017/05/se-liga-fabci-84-anos-da-fespsp-e-50.html
https://monitoriafabci.blogspot.com/2010/09/professor-ivan-russeff-fala-sobre-os.html
https://monitoriafabci.blogspot.com/2017/05/serie-prazer-em-conhecer-com-prof-ivan.html
Tive aulas com o Ivan em 2009 no curso de biblio, confesso que saia encantada depois de cada aula ministrada por ele...saudades desse ótimo professor. Gratidão sempre!
ResponderExcluirTive a honra de ser aluna do querido professor Ivan Russef no curso de Letras. E seu ensino foi um marco na minha trajetoria, tanto profissional quanto pessoal. Simplesmente inesquecível. Muito obrigada, professor.
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