Olá, pessoal! Sou Rafael Santana, aluno do quarto semestre do período matutino e fui convidado para compartilhar com vocês a rotina do meu estágio. Pois bem, depois de passar por um tempo buscando uma vaga no meu perfil, graças a Deus encontrei: estou atuando no setor de arquivo da FINEP.
Pra quem não sabe, a Financiadora de Inovação e Pesquisa (FINEP) é uma instituição pública federal vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), cujo propósito é alavancar o desenvolvimento tecnológico, científico e toda cadeia de inovação do Brasil por meio do financiamento de projetos para empresas privadas, empresas públicas, universidades e institutos de pesquisa.
Sediada no Rio de Janeiro, possui 52 anos de existência e com o know-how de seus colaboradores, já patrocinou mais de 30 mil projetos nos últimos tempos. Citando alguns exemplos, podemos destacar iniciativas como: a fabricação de drones brasileiros, a produção de bioetanol e de insulina nacional, a construção do Museu do Amanhã, a pesquisa contra o vírus da Zika, entre outros.
As áreas apoiadas por seus programas e produtos são: agronegócio, defesa (equipamentos), energia (renováveis), indústria, infraestrutura, mobilidade, saúde (medicamentos), tecnologia social, tecnologia da informação e da comunicação (sistemas inteligentes), empreendedorismo (start-ups) e telecomunicações.
OK, agora discorrerei sobre minhas atribuições: registro o protocolo eletrônico ou físico dos documentos expedidos e recebidos pela empresa na Intranet e nos sistemas de arquivo; realizo a organização dos documentos, conferindo e numerando os processos nas pastas; atendo os técnicos na abertura de fluxos operacionais; dou suporte no controle do acervo, fazendo o empréstimo de pastas para o Rio de Janeiro ou para o Arquivo Central / devolução e ainda outras tarefas relacionadas com a gestão de documentos arquivísticos. O próximo passo será aprender a constituir dossiês com documentações referentes aos editais de chamadas públicas.
Outro dia, foi-me solicitado a ordenar uma pilha de contratos administrativos que a empresa possui e confesso que fiquei pensando por onde começar... Daí me lembrei das disciplinas de Indexação e Resumos e até mesmo de Representação Descritiva, além de alguns conhecimentos obtidos em um curso online da ENAP (Escola Nacional de Administração Pública) que havia feito nas férias de Gestão da informação e documentação e procurei elaborar uma metodologia que fosse funcional para atender aquela demanda. E acredito que consegui apresentar o resultado esperado!
Matérias como as que estou cursando agora como Fundamentos da Recuperação da Informação na Web e Sociedade da Informação e Comunicação em Mídias Digitais, possibilitam algumas conexões com os conteúdos já estudados em sala; porém, estas duas disciplinas referidas antes (pelo menos até o momento) são as que mais consigo perceber a aplicabilidade na minha ocupação atual, pois quando faço o protocolo dos projetos, preciso descrever o que é aquele documento, entendo sua tipologia e sua finalidade, para depois redigir o assunto dele, dando uma ideia para os analistas do seu teor (de maneira sintética e coesa) no momento em que eles estão examinando aquela proposta. Dessa forma, quando eles leem o resumo e sua apresentação, já conseguem entender do que se trata e realizam as tratativas necessárias.
Por mais que os serviços em acervos arquivísticos sejam diferentes dos acervos bibliográficos (no sentido de tratar a informação, pois algumas técnicas de arquivologia não podem ser aproveitadas na biblioteconomia e vice-versa), é fundamental identificarmos onde um domínio e outro se relacionam e onde não há convergências na prática profissional. Para isso, prestem MUITA atenção nestas aulas, pois o entendimento destas fará a diferença quando estiverem desempenhando responsabilidades semelhantes (ou não), descobrindo capacitações fora da faculdade também. Fica a dica, entenderam?!
Existe uma biblioteca sim, mas ela está localizada na unidade central, na Praia do Flamengo-RJ (foi criada em 1973) e segundo o site da FINEP, tem como objetivo colaborar e dar suporte para as atividades desenvolvidas pela empresa na busca, no acesso e na disseminação do seu acervo, oferecendo novos conhecimentos.
Ainda segundo o site, utilizam o sistema SYSBIBLI para disponibilizar o seu catálogo online desde 1997 e a coleção está orientada à temática de Ciência e Tecnologia (C&T), contando com aproximadamente 20.000 itens entre livros, periódicos, artigos e materiais multimídia. Possuem um vocabulário controlado para auxiliar na recuperação das informações contidas na base de dados (para quem desejar conferir, segue o link: http://www.finep.gov.br/biblioteca-2/biblioteca/produtos-e-servicos/biblioteca-vocabulario), padronizando assim a linguagem de indexação utilizada no conjunto de documentos da instituição. O empréstimo é feito para usuários internos mediante cadastro e entre bibliotecas no município do RJ por intercâmbio.
Desde a minha última experiência, onde desempenhei funções administrativas por quase 10 anos, sempre me identifiquei com a gestão de documentos. Futuramente, tenho o objetivo de obter especialização nesta área (mirando na pós-graduação de Gestão Arquivística!), após possuir uma boa base de Biblio e prestar concurso público.
Dois fatos importantes que gostaria de relatar são: anteriormente, lá na FINEP trabalhou uma bibliotecária (que se não me engano fez a graduação ou algum outro curso na FESPSP) por muitos anos e deixou um legado positivo. Certa ocasião, quando eu estava preparando a documentação de uma pasta para verificar se estava arrumada corretamente, o meu supervisor me avisou que tudo que estivesse numerada com a assinatura dela, não precisava ser conferida; ou seja, ele tinha tamanha confiança no seu trabalho que era desnecessário revistar ou reexaminar aquela papelada.
Enfim, estagiar na FINEP tem sido uma vivência significativa, visto que no meu dia a dia, acabo conhecendo coisas novas e tenho contato com projetos interessantes, como o Vivaxxia, que é o primeiro medicamento de anticorpos monoclonais para o tratamento do câncer e de doenças autoimunes, tendo a elaboração deste biofármaco pela Libbs Farmacêutica e subsidiado por recursos desta agência financiadora.
Além disso, considero que o meu papel como futuro bibliotecário – independente de ser em um acervo arquivístico – é efetivado quando dentro das minhas atividades profissionais, procuro transmitir credibilidade ao processar as informações e organizar os documentos devidamente para os técnicos (representando / estruturando as mesmas de forma lógica e compreensível), como a bibliotecária aposentada que mencionei acima.
Portanto, quando eles acessam estas por meio da consulta, seja no meio eletrônico (Intranet) ou no meio físico (documentos nas pastas), são capazes de prestar seus serviços de modo mais eficiente junto aos clientes, já que os registros estão tratados. Consequentemente, isso também permite que a FINEP continue na sua missão estratégica de promover o crescimento tecnológico e inovador, bem como viabiliza a infraestrutura científica e acadêmica indispensável à sociedade do nosso país.
A opinião dos colunistas e dos relatos publicados não representam necessariamente a posição da FaBCI da FESPSP, ou de sua Monitoria Científica. A responsabilidade total é do(a) autor(a)do texto.
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Arquivo pessoal de Rafael Santana |
Pra quem não sabe, a Financiadora de Inovação e Pesquisa (FINEP) é uma instituição pública federal vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), cujo propósito é alavancar o desenvolvimento tecnológico, científico e toda cadeia de inovação do Brasil por meio do financiamento de projetos para empresas privadas, empresas públicas, universidades e institutos de pesquisa.
Sediada no Rio de Janeiro, possui 52 anos de existência e com o know-how de seus colaboradores, já patrocinou mais de 30 mil projetos nos últimos tempos. Citando alguns exemplos, podemos destacar iniciativas como: a fabricação de drones brasileiros, a produção de bioetanol e de insulina nacional, a construção do Museu do Amanhã, a pesquisa contra o vírus da Zika, entre outros.
As áreas apoiadas por seus programas e produtos são: agronegócio, defesa (equipamentos), energia (renováveis), indústria, infraestrutura, mobilidade, saúde (medicamentos), tecnologia social, tecnologia da informação e da comunicação (sistemas inteligentes), empreendedorismo (start-ups) e telecomunicações.
OK, agora discorrerei sobre minhas atribuições: registro o protocolo eletrônico ou físico dos documentos expedidos e recebidos pela empresa na Intranet e nos sistemas de arquivo; realizo a organização dos documentos, conferindo e numerando os processos nas pastas; atendo os técnicos na abertura de fluxos operacionais; dou suporte no controle do acervo, fazendo o empréstimo de pastas para o Rio de Janeiro ou para o Arquivo Central / devolução e ainda outras tarefas relacionadas com a gestão de documentos arquivísticos. O próximo passo será aprender a constituir dossiês com documentações referentes aos editais de chamadas públicas.
Outro dia, foi-me solicitado a ordenar uma pilha de contratos administrativos que a empresa possui e confesso que fiquei pensando por onde começar... Daí me lembrei das disciplinas de Indexação e Resumos e até mesmo de Representação Descritiva, além de alguns conhecimentos obtidos em um curso online da ENAP (Escola Nacional de Administração Pública) que havia feito nas férias de Gestão da informação e documentação e procurei elaborar uma metodologia que fosse funcional para atender aquela demanda. E acredito que consegui apresentar o resultado esperado!
Matérias como as que estou cursando agora como Fundamentos da Recuperação da Informação na Web e Sociedade da Informação e Comunicação em Mídias Digitais, possibilitam algumas conexões com os conteúdos já estudados em sala; porém, estas duas disciplinas referidas antes (pelo menos até o momento) são as que mais consigo perceber a aplicabilidade na minha ocupação atual, pois quando faço o protocolo dos projetos, preciso descrever o que é aquele documento, entendo sua tipologia e sua finalidade, para depois redigir o assunto dele, dando uma ideia para os analistas do seu teor (de maneira sintética e coesa) no momento em que eles estão examinando aquela proposta. Dessa forma, quando eles leem o resumo e sua apresentação, já conseguem entender do que se trata e realizam as tratativas necessárias.
Por mais que os serviços em acervos arquivísticos sejam diferentes dos acervos bibliográficos (no sentido de tratar a informação, pois algumas técnicas de arquivologia não podem ser aproveitadas na biblioteconomia e vice-versa), é fundamental identificarmos onde um domínio e outro se relacionam e onde não há convergências na prática profissional. Para isso, prestem MUITA atenção nestas aulas, pois o entendimento destas fará a diferença quando estiverem desempenhando responsabilidades semelhantes (ou não), descobrindo capacitações fora da faculdade também. Fica a dica, entenderam?!
Existe uma biblioteca sim, mas ela está localizada na unidade central, na Praia do Flamengo-RJ (foi criada em 1973) e segundo o site da FINEP, tem como objetivo colaborar e dar suporte para as atividades desenvolvidas pela empresa na busca, no acesso e na disseminação do seu acervo, oferecendo novos conhecimentos.
Ainda segundo o site, utilizam o sistema SYSBIBLI para disponibilizar o seu catálogo online desde 1997 e a coleção está orientada à temática de Ciência e Tecnologia (C&T), contando com aproximadamente 20.000 itens entre livros, periódicos, artigos e materiais multimídia. Possuem um vocabulário controlado para auxiliar na recuperação das informações contidas na base de dados (para quem desejar conferir, segue o link: http://www.finep.gov.br/biblioteca-2/biblioteca/produtos-e-servicos/biblioteca-vocabulario), padronizando assim a linguagem de indexação utilizada no conjunto de documentos da instituição. O empréstimo é feito para usuários internos mediante cadastro e entre bibliotecas no município do RJ por intercâmbio.
Desde a minha última experiência, onde desempenhei funções administrativas por quase 10 anos, sempre me identifiquei com a gestão de documentos. Futuramente, tenho o objetivo de obter especialização nesta área (mirando na pós-graduação de Gestão Arquivística!), após possuir uma boa base de Biblio e prestar concurso público.
Dois fatos importantes que gostaria de relatar são: anteriormente, lá na FINEP trabalhou uma bibliotecária (que se não me engano fez a graduação ou algum outro curso na FESPSP) por muitos anos e deixou um legado positivo. Certa ocasião, quando eu estava preparando a documentação de uma pasta para verificar se estava arrumada corretamente, o meu supervisor me avisou que tudo que estivesse numerada com a assinatura dela, não precisava ser conferida; ou seja, ele tinha tamanha confiança no seu trabalho que era desnecessário revistar ou reexaminar aquela papelada.
Enfim, estagiar na FINEP tem sido uma vivência significativa, visto que no meu dia a dia, acabo conhecendo coisas novas e tenho contato com projetos interessantes, como o Vivaxxia, que é o primeiro medicamento de anticorpos monoclonais para o tratamento do câncer e de doenças autoimunes, tendo a elaboração deste biofármaco pela Libbs Farmacêutica e subsidiado por recursos desta agência financiadora.
Além disso, considero que o meu papel como futuro bibliotecário – independente de ser em um acervo arquivístico – é efetivado quando dentro das minhas atividades profissionais, procuro transmitir credibilidade ao processar as informações e organizar os documentos devidamente para os técnicos (representando / estruturando as mesmas de forma lógica e compreensível), como a bibliotecária aposentada que mencionei acima.
Portanto, quando eles acessam estas por meio da consulta, seja no meio eletrônico (Intranet) ou no meio físico (documentos nas pastas), são capazes de prestar seus serviços de modo mais eficiente junto aos clientes, já que os registros estão tratados. Consequentemente, isso também permite que a FINEP continue na sua missão estratégica de promover o crescimento tecnológico e inovador, bem como viabiliza a infraestrutura científica e acadêmica indispensável à sociedade do nosso país.
A opinião dos colunistas e dos relatos publicados não representam necessariamente a posição da FaBCI da FESPSP, ou de sua Monitoria Científica. A responsabilidade total é do(a) autor(a)do texto.
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