Sim,
eu estou em todos os lugares, quem nem a Matrix ou o deus que você acreditar.
De
todo modo, essa participação é para falar de um evento no qual eu fui
responsável pela contratação de palestrantes, negociação, montagem, mediação e
organização. E dizem que bibliotecário só guarda livro né?
Deixem-me
contar a estória sobre a Semana Senac de Leitura:
A
SSL (Semana Senac de Leitura) é um evento organizado pela biblioteca de todos
as unidades do Senac, e que tem como objetivo incentivar a leitura e a cultura.
Todo ano, temos um tema central para desenvolver nossas ações, a deste ano foi:
Literatura Fantástica e Cultura Geek.
Que
raio que é isso Ana?
Literatura
Fantástica é um tipo de narrativa literária no qual o centro da história, o
núcleo que faz com que ela se desenvolva, não existe ou não são reconhecidos
pela nossa realidade (cada um tem a realidade que quiser, veja bem).
E
a Cultura Geek (termo em inglês usado para Nerd) é: super-heróis, quadrinhos,
cinema, animação, ficção científica, mangás, vídeo games, jogos de tabuleiro,
tecnologia, figuras colecionáveis, uma parte da cultura pop também, músicas e
assim... QUASE TUDO!
Com
essa gama de possibilidades inimagináveis e esplendorosas, foi difícil escolher
apenas algumas parcerias para construir essa experiência conosco, mas
conseguimos e foi MARAVILHOSO.
Na segunda-feira, 24/04
recebemos o animador e estudante de cinema Alailson de Melo, que fez uma roda
de conversa sobre as adaptações literárias fantásticas para o cinema.
Explorando ambas as linguagens (páginas e a tela), alguns pontos foram
discutidos e ressaltados, tais como:
·
O processo de criar e montar um filme envolve
muitos profissionais, com muitas opiniões e muitas experiências;
·
O autor do livro, em grande parte dos
projetos, não tem voz no desenvolvimento da adaptação da obra, pois uma vez que
os direitos do material são da editora, é esse material que a produtora compra
e trabalha (salvo exceções como a série Game ofThrones e Harry Potter, na qual
Martin é produtor da série e JK.Rowling podia acompanhar as gravações);
Os personagens criados nos livros estão
submetidos ao ator que vai interpretá-los, pois assim ele pode agregar diversas
características que previamente não estavam nos livros, exemplos usados: o Alvo
Dumbledore interpretado por Richard Harris em a Pedra Filosofal (calmo,
centrado, sábio) e Michael Gambon, que o interpretou em todos os outros filmes
da franquia (energético, ativo, inteligente e igualmente sábio);
·
Quando lemos um livro o criamos na nossa
cabeça, um filme particular, seria exigir demais dos produtos que criassem o
filme particular de cada fã;
·
E o mais importante: O filme tem que
funcionar sozinho, você não pode ser obrigado a ler o livro para poder assistir
ao filme, sendo assim: adaptações no processo de levar o filme para a mídia
visual PRECISAM ser feitas.
Na terça-feira, 25/04
tivemos uma discussão polêmica e proveitosa sobre jogos digitais versus jogos
de tabuleiro. Jogos digitais são o futuro e jogo de tabuleiro é coisa de velho?
Um é individualista e o outro é familiar? Jogo de tabuleiro compensa, é um
segmento lucrativo? Jogo de vídeo game é a personificação de uma sociedade
antissocial? Qual é o espaço que a mulher ocupa em tudo isso?
Só
bafão.
Quem
montou essa discussão? O professor de Jogos Digitais: Gilberto e o Rodrigo
Gyodai, headmarketing da editora de boardgames Galápagos Jogos.
AH!
E ainda teve experimentação de jogos da editora depois do bate-papo.
Rodrigo explicando para a galera como jogar. Alguns dos jogos disponibilizados foram: Dixit,
Imagine, Winter of dead, Ticket to Ride, Black Stories e Timeline.
|
Na
quarta-feira, 26/04 recebemos a ilustre presença do Olavo Costa eTainan
Rocha (ambos ilustradores, coordenadores da Quanta e mais uma carambada de
coisa maravilhosa), Marcelo Campos diretor da Quanta Academia de Artes e o
Professor Vinicius que dá aula na unidade Senac Largo Treze. A conversa foi
sobre o mercado dos quadrinhos, graphicnovels e mangás (tudo a mesma coisa) no
Brasil, como começar, dá pra ficar rico? É só pelo amor à arte ou o que? Os
brasileiros no mercado exterior, as mulheres na produção dos quadrinhos e o
empoderamento feminino nessa arte em específico.
Além disso, todos os participantes ganharam a
segunda edição do Gibi Quântico, uma fanzine que traz vários mini-contos
criados e ilustrados por alunos da Quanta.
Teríamos uma roda de conversa com os autores
Felipe Castilho e Aline Valek na sexta-feira (28/04), porém devido à greve
geral nacional, o evento foi cancelado.
Além de todas essas ações, tivemos durante
toda a semana a Troca de livros, onde a ideia é trazer um livro de casa e
trocar por uma história nova.
Enfim, foi um trabalhão danado, mas foi muito
bacana e gratificante.
Se agasalhem e levem guarda-chuva pra não
gripar.
Paz.
Comentários
Postar um comentário