Hoje
na série: #PorqueEscolhiBiblio temos o relato da aluna Caroline Souza do 5º
Semestre/Noturno, monitora voluntária da MC e mãe da nossa mascote
Elvira.
Vejam
que trajetória super interessante, extrovertida e singular como a querida Carol!
Na
infância, não tive contato com livros. Estudei em 3 escolas do fundamental ao
colegial, e somente uma tinha biblioteca, porém, a mesma servia como a sala de
castigo. Lembro-me bem, que todos os alunos morriam de medo de entrar naquela
sala, eu era um deles.
Quando
estava prestes a completar 10 anos, uma professora recomendou um livro para atividade,
eu surtei com a possibilidade de ter um em mãos. Comentei com minha mãe, ela
disse que não podia comprar e sugeriu para que eu pedisse emprestado a algum
colega. O problema era que todos tinham dificuldade em ler, logo, nunca
terminavam a leitura, e então, fiquei sem. E antes que me perguntem: por que tu
não foi a uma biblioteca pública? Eu digo: biblioteca para mim era uma coisa
distante, vista somente em filmes ou em lugares para “ricos”. Então, chegou o
dia da discussão do livro em sala de aula, e foram poucos os alunos que não
participaram.
Lembro,
de ter ficado fascinada com as histórias e interpretações dos meus colegas, e
prometi para mim mesma, que teria aquele livro. Quando completei 13 anos, uma
tia perguntou o que eu queria ganhar de aniversário, e adivinhem o que pedi?
Mais tarde, minha mãe disse: Você vai comer o livro? Vai vestir ou calçar o
livro?
Sempre
digo que me tornei leitora aos 18 anos. Comecei a
trabalhar em um call center no centro
de São Paulo, conheci pessoas maravilhosas, entrei numa bad por conta de uma guria e
graças a isso ganhei meu primeiro livro. A obra? Ninguém é de ninguém - ditada por Lucius e psicografada por Zíbia. (Hahahaha, okay, chega).
Devorei
o livro em 5 dias e fiquei desesperada por isso. Após 1 ano de empresa, cursei
minha primeira graduação. Algumas obras para bibliografia complementar não
estavam disponíveis na biblioteca, e pasmem, foi a primeira vez que entrei em
uma livraria. Morria de vergonha de perguntar algo para algum vendedor, ou até mesmo,
alguém perceber que era a primeira vez que estava naquele ambiente e não fazia
ideia por onde começar. Fingi ser ratinha de biblioteca, e comecei a olhar os
lançamentos. E cara, foi a melhor coisa que fiz. Comprei meu primeiro livro
pela capa: Os sete do André Vianco. Aquele vampiro me chamou a atenção, foi
onde mergulhei na literatura fantástica e sou apaixonada até hoje.
O
pouco que me sobrava no fim do mês, era investido em livro. Dane-se as roupas
e tênis, eu queria ler. Só que né, quem aguenta entrar numa livraria e sair de
lá somente com 1 livro? Pois é... Comecei a explorar o centro de São Paulo (ou
pelo menos, parte dele), e NOSSA, achei a Biblioteca Mário de Andrade.
Caraaaaa, lembro de ter ficado parada ali, muito tempo, sem ter coragem de
entrar. Tipo: Será que eu podia entrar? E se entrar, o que fazer? Fiquei
tão fascinada com tudo aquilo, que ali se tornou meu lugar favorito de todas as
tardes. E foi numa dessas tardes que me veio a vontade de fazer
Biblioteconomia, claro que nunca tinha ouvido falar, masssssss depois de
algumas pesquisas e conversas, me interessei.
E há quem pense que foi por gostar de livros. Na real, escolhi Biblio, por gostar daquele ambiente. Queria aprender as técnicas para organização do acervo, conhecer recursos e mobílias especiais etc., e assim, poder atrair pessoas para aquele espaço, desenvolver atividades para conquista-las e mostrar para elas, que aquilo tudo é delas. É nosso. E que a biblioteca, não é um bicho papão, que ali, a gente pode ser o que quiser e viajar para onde quisermos.
E há quem pense que foi por gostar de livros. Na real, escolhi Biblio, por gostar daquele ambiente. Queria aprender as técnicas para organização do acervo, conhecer recursos e mobílias especiais etc., e assim, poder atrair pessoas para aquele espaço, desenvolver atividades para conquista-las e mostrar para elas, que aquilo tudo é delas. É nosso. E que a biblioteca, não é um bicho papão, que ali, a gente pode ser o que quiser e viajar para onde quisermos.
Pesquisei
sobre o curso, e descobri o técnico no SENAC, amei cada momento. Meu primeiro
estágio da área foi no projeto de informatização de todas as bibliotecas
públicas da cidade de São Paulo. Eu amei né mores... Pude conhecer todas as
outras unidades de informação, seus espaços, além de conhecer diversas obras e pessoas
maravilhosas. Realizei outros estágios e conheci o Francisco, simmmmmm o Professor Francisco ❤ e ele me recomendou a FESPSP. E cá estou eu.
Cursando o 5º semestre, amando cada espaço deste lugar acolhedor e agradecendo
todas as oportunidades que tive no decorrer destes 2 anos e meio.
Daí me perguntam: Mas Carol, porque não relatou sua história antes? Bem, eu não achava interessante, até que recentemente, participei do Bibliocamp em São Carlos, e tive a oportunidade de ouvir e trocar experiências maravilhosas, e lá, na biblioteca comunitária da UFSCar enquanto passeava pelas estantes, um livro me chamou atenção. Meu coração acelerou e lembrei de toda a história aqui narrada. Era o livro da minha infância, o livro que eu não lembrava mais o título, mas reconheci pela capa. Aquele livro ❤: A montanha encantada de Maria José Dupré.
Daí me perguntam: Mas Carol, porque não relatou sua história antes? Bem, eu não achava interessante, até que recentemente, participei do Bibliocamp em São Carlos, e tive a oportunidade de ouvir e trocar experiências maravilhosas, e lá, na biblioteca comunitária da UFSCar enquanto passeava pelas estantes, um livro me chamou atenção. Meu coração acelerou e lembrei de toda a história aqui narrada. Era o livro da minha infância, o livro que eu não lembrava mais o título, mas reconheci pela capa. Aquele livro ❤: A montanha encantada de Maria José Dupré.
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